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Papo filosófico com Eduarda Reis

 


Hoje vamos entrevistar ela: Uma garota visionária, legal, cheia de projetos e que com toda certeza vai conseguir mudar o mundo.... Nossa amada Duda Reis, ou, Duda massa para os mais íntimos kskks...

Giovo:  Pode se apresentar para a gente?

Eduarda: Ola, meu nome é Maria Eduarda, mas para os íntimos pode me chamar de Duda Reis. Tenho 17 anos e faço o segundo ano do ensino médio. Aquelas, né? Kskks, mas enfim tem que se apresentar de forma clara. Eu possuo um projeto que se chama "Projetos e afins"  e nele debato coisas que todo mundo sabe por cima e faço um verdadeiro apanhado. Já fiz sobre o feminismo, sobra a cultura negra. Coisas que todo mundo deveria saber, mas que poucos sabem. Eu faço desse o meu trabalho para informar as pessoas. Eu namoro a 4 anos e 4 meses o que para muitos de nossa idade é algo bem raro. Sou bissexual, mas nunca fiquei com meninas. E acho que é isso. (Sorriso descontraído)

Giovo: Agora vou fazer uma pergunta que eu chamo de pergunta base. Eu fiz ela para todas as pessoas que eu entrevistei e que possuem raízes com a educação. Giovanna Dias já respondeu. Professora Jeanne Machado já respondeu e chegou sua vez. Você acredita que o ensino médio brasileiro atual realmente educa os adolescentes para a vida?

Eduarda: Eu acho muito complicado! Eu, como uma estudante do ensino médio brasileiro, acho que tem muita coisa para melhorar. Boa parte do ensino é mais voltada para o Enem. Tudo que você estuda nele e o que você prescisa para Enem. Eles não te ensinam o que tu vai fazer na Universidade, não te ensinam como entrar na vida adulta. Tem gente que sai do ensino médio sabendo o básico para o enem. Passa para a Universidade e quando vê: O curso não é nada daquilo que ele pensou e isso é horrível. Eu acho que o ensino brasileiro tem que trabalhar mais disso com os alunos, trabalhar a questão emocional, o que os adolescentes tem muito, e ensinar não só para uma prova, mas também para a vida. Ensinando coisas desde primeiros socorros a como pagar uma conta de luz.

Giovo: Eu vejo o "Projetos e afins" como algo muito esclarecedor, pois ele mostra coisas que as pessoas tem que saber. Eu observo nas redes sociais pessoas que criticam a gente, que levanta bandeira, como pessoas bobas que falam o óbvio, mas nós sabemos que óbvio prescisa ser dito. Por que você acha que tem tantas pessoas que sabem o conceito, mas nunca vai atrás para saber as coisas mais a fundo?
 
Eduarda: Eu acho que as pessoas pensam que é muito mais cômodo elas brigarem com as outras sobre um assunto, muitas vezes até tendo a mesma opinião, pelo simples prazer de brigar. Além de ser muito mais fácil você manter aquela ideia que você já tem na cabeça, sem ter pesquisa. Por exemplo, eu vejo muitas mulheres falando que não prescisam do feminismo, mas muitas nem buscam saber e pensam que o feminismo é apenas levantar uma bandeira e lutar por aquilo, entretanto isso vai muito além. Tudo que a mulher conquistou hoje, em parte, é por causa do feminismo. Se uma mulher consegue se formar hoje, como eu quero em Direito, é porquê teve uma mulher (femimista) que bem antes lutou por aquilo, as vezes foi até morta por isso. Acho que as pessoas deviam pesquisar bem mais antes de falar e julgarem as outras. Isso até dimuiria as brigas nas redes sociais.

Giovo: Sim, sim ! É como aquela famosa música da "Malhação Viva a Diferença": é muito mais fácil proibir do que compreender. É mais fácil odiar o que não se quer ver:
E é muito mais fácil você tapar os olhos e viver no seu mundinho perfeito do que encarar a vida real. Aproveitando a deixa do feminismo você pode me falar o porquê de ainda ter tantas pessoas que acham que associam feministas a mulheres "Loucas que urinam na rua e mostram os peitos"?

Eduarda: Pelas minhas pesquisas a maioria das mulheres que não adentram no feminismo é por ter essa ideia errada, por realmente não se interessarem em pesquisar. Existe sim essa ala mais radical do feminismo, assim como existe a ala das feministas Marxistas, que acreditam no socialismo para suas comunidades, assim como existe o que eu me adequo, que são as feministas que militam tanto pelo movimento negro quanto pelo feminismo. E isso inclusive vem muito de antigamente porque as mulheres brancas lutavam pela igualdade e esqueciam de trazer as mulheres pretas para essa luta, além de que temos uma vida um pouco mais complicada que as feministas brancas e então lutamos por isso. Assim como existe os outros diversos tipos

Giovo: Agora tu tocou em uma pauta bastante complicada. Notamos sempre que existem inúmeras mulheres que se candidatam, mas pouquissimas realmente se elegem. Por que isso ocorre? 

Eduarda: Acho que é porque a sociedade ainda não vê a mulher como uma pessoa de poder, Sabe? A maior parte da população acha que a mulher é um ser frágil, que a mulher vai ter problemas ou já vi muitas pessoas falando "Ah, mas o que ela vai fazer quando tiver tpm?" eu acho isso tão errado. As mulheres tem filhos, trabalham, as vezes tem até uma jornada dupla, cuidam do filho e as vezes até tripla quando cuidam do marido.  Eu acredito que a mulher tenha essa capacidade sim, mas infelizmente ainda vejo poucas pessoas que pensam por esse lado.

Giovo: Eu fiquei muito feliz quando tu falou teu tipo de militarismo que é a luta feminista juntamente com a luta pelo movimento negro e isso me trouxe a pergunta. Você ja sofreu preconceito racial? 

Eduarda: Eu não passei por um racismo tão grave, mas muitas vezes,  na minha própria família,  ouço certos parentes fazerem brincadeiras que na hora rimos, mas que no fundo magoa. Sem contar que na infância existiam raros desenhos e raras bonecas com o nosso tom de pele. Na época eu assistia Barbie e todas as minhas amigas diziam ser a Barbie ou as amigas dela, mas raramente existiam uma personagem negra, mas se existia, aparecia muito pouco no filme

Giovo: Acho que devemos muito agradecimentos hoje em dia a desenhos como a "Bia desenha" que passa na TV Brasil ou em séries como "Hollywood" que trazem protagonistas pretos e que mostram o quanto evoluimos 

Eduarda:  Eu amo esse desenho amgg, sério, eu acho q deveria dar mais espaço pra Bia desenha

Giovo: Agora iniciaremos a etapa das perguntas engraçadas que mandaram para você, preparada? A primeira é de André Victor: Como é namorar o Roger? 

Eduarda: É estranho falar isso (Risos) porque poxa são quatros anos... Mas é incrível. A gente descobriu muita coisa junto,  já passou muita coisa juntos, crescemos junto... A gente cresce junto. Superamos momentos difíceis. Tanto meus como dele. Não é só uma relação amorosa, mas uma relação de amizade. É o mais estranho de tudo é que a gente nunca teve uma briga e muita gente se impressiona com isso. É bom. Eu acho maravilhoso. Eu amo ele e ele me ama.

Giovo: A Anne mandou perguntar " Por que você, o Roger, o Giovane e a izza vivem aparecendo no meu sonho? Seria uma pressiga?" 

Eduarda: (Sorri muito) Sei nem o que falar kskkks. 

#Seria a duda capaz de invadir sonhos? 

Giovo: Se você pudesse empacotar o beijo do Roger e vender como bala. Qual seria o Sabor 

Eduarda: Meu deus kskkks. Vocês vão me achar muito boilinha agora, mas é algo tão especial

Giovo: Você tá mais para Doroty ou para Alice? 

Eduarda: Doroty

Giovo: Tá mais para tia que faz o churrasco ou para velinha fofoqueira da calçada? 

Eduarda: A tia do churrasco (rsrs)

Giovo: Agora é hora do ping pong informal. Fala sempre a primeira coisa que sai na tua cabeça. Vamos lá: Uma Fruta

Eduarda: Morango

Giovo: Um ator? 

Eduarda: Caio Castro

Giovo: Uma série? 

Eduarda: Julie e os fantasmas (Netflix)

Giovo: Uma cor? 

Eduarda: Amarelo 
 

Giovo: Uma frase? 

Eduarda: Amarelo é a cor do sol... 

Giovo: Um livro? 

Eduarda: Por lugares incríveis

Giovo: Um Amiga? 


Eduarda: A gihh

Um conselho para ela?

Eduarda: Nunca desista

Giovo: O que eu acho mais lindo no Roger é? 

Eduarda: O sorriso 

#Que fofura! 

Giovo: Um conselho para ele?

Eduarda: Para ele se soltar mais... 

Giovo : Encerramos assim o ping pong. Agora dou espaço para Duda para ela ela falar o que veio falar: O que é bissexualidade? Você ja é assumida

Eduarda: Bem...  Bissexualidade é quando você gosta de ambos os gênero tanto o seu quanto o contrário ao seu. Antigamente isso não era muito estudado, mas graças a deus no contexto atual já é algo bem mais comum. E sim... Sou assumida. E eu vejo muitas pessoas fazendo piadas como aquela história de ser bi de festa e essas coisas e sinceramente acho que as pessoas tem que parar com essa coisa e tratar a bissexualidade como algo natural. 

Giovo: Obrigado por entrar fazer essa conversa filosófica comigo te desejo sucesso no seu projeto e muita felicidade

Eduarda: Eu que te agradeço pelo convite 


 















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