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O dançarino da Meia Noite

 


É engraçado, não é? O quanto algumas pessoas conseguem ser elas mesmas em mundo em que as máscaras no teatro são uma regra... os papeis sociais tão complexos e emaranhados e lá está você dançando ao sol da meia noite sem qualquer roteiro. Tão livre... tão feliz.

É engraçado, não é? O quanto poucas pessoas conseguem cair em meio ao palco e demostrar suas maiores fraquezas as tornando força em um mundo em que o esconder é uma regra... os disfarces tão complexos e emaranhados e lá está você caindo sobre o lago de terra sem qualquer medo. Tão brilhante... tão animado.

É engraçado, não é? O quanto uma minoria de pessoas consegue tentar compreender umas às outras e ensiná-las a dançar à sua maneira em um mundo em que todos deveriam dançar da mesma maneira engessada e sem graça... os movimentos tão complexos e emaranhados e lá está você rodando parado com as luzes do palco focadas em seu rosto esperando sua queda... tão esforçado e com tanta fé.

É engraçado, não é? O quanto você consegue voar por cima de toda plateia, sendo você mesmo, caindo em meio as ruas vazias, ensinando estranhos a rodopiar por todo o asfalto e fazendo um verdadeiro show sobre a luz da lua enquanto a brisa suave e fria da madrugada toca sua pele em um mundo em que magia não existe... um mito tão complexo e emaranhado tão qual  desnecessário e lá está você sumindo ao ar como uma bruma... tão imaginativo e tão lúdico.  




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