Sejam bem vindos ao primeiro Resenha com Nescau daqui do blog, algo que eu tanto prometi como me empolguei para fazer, e que série melhor para iniciar tal arco do que a primeira temporada de Rita.
Comecei a assitir tal produção buscando uma série escolar que me levasse a viver dramas adolescentes, que talvez nunca viva, o que fez com que minha surpresa fosse ainda maior ao ver que a escola nem era o tema central da obra dinamarquesa.
Nela conhecemos a história de uma professora descobacada, antipática e destruida por um passado que tanto lhe dói. Acho que esse é um dos principais motivos para não odiarmos a loira, pois Rita não é aquelas professoras estilo Elena de Carrossel, o que faz com que, de certa forma, a humanidade dela seja ainda mais evidente para o público, mostrando ela como alguém que tenta melhorar, mas que o passado a persegue e a torna novamente na tóxica pessoa que a mãe fez com que ela se trasformasse, quando a mesma valorizou o marido acima da filha ignorando as maldades que o pai fazia com pequena menina. O que deixa evidente o quanto algumas coisas que vivemos em um passado distante, se não tratados, nos tornam a pior versão de nós mesmos.
Rita falha como mãe, professora, filha e como esposa de um marido, que como ela mesmo fala, nunca amou de verdade, porém, para a surpresa de todos, ela no ultimo episódio decidi se tornar melhor. Acho que boa parte devemos ao filho que ela revela esperar no final da temporada e que ainda não sabemos qual dos três pretendentes é o pai. Mistério que deixaremos para a próxima temporada, assim como a mudança esperada.
Além de Rita conhecemos seus três filhos, que também herdam da mãe diversos problemas
.Ricco: O filho gato, que possui sérios problemas ligados a responsabilidade, além, é claro, da toxicidade com a noiva, apenas por ela ser muito mais "formada que ele" e que no final da temporada enfrenta eles para tentar se tornar um homem melhor para sua esposa e seu futuro filho. Tal personagem mostra o quanto o machismo ainda está presente, mesmo que não seja de forma tão clara, demostrado pela necessidade de Ricco de diminuir os estudos da noiva para se sentir melhor.
.Molly: A menina com deslexia que busca um rumo da vida. Ela trouxe a tona uma das maiores falhas da Rita em relação aos filhos, que foi o fato de que apesar de ser professora a mãe nunca deu atenção o suficiente para a dificuldade de aprendizagem da filha. Molly trás sérias discussões sobre pessoas como ela nas escolas e da baixa auto estima que possui de si mesma em relação ao namorado. Ambos temas muito bons de discussão e que espero darem mais atenção na segunda temporada.
.Jeppe: O filho gay, que para mim que tenho local de fala, afirmo que tal tema foi muito mal retratado na série, como, por exemplo, quando Molly faz o irmão comer queijo Brie para, segundo ela, ele sentir como é o sabor de um pau, ou, da zoação da mãe e dos irmãos para o pobre garoto se assumir logo, além é claro do casal que ele termina no final ter sido empurrado a nós sem antes ser criado aos poucos. Jeppe pelo menos trás uma mensagem bem bacana sobre coragem e autoaceitação quando beija o garoto, que tanto gostava, em meio ao casamento do irmão.
Na minha visão geral a obra traz momentos de muita reflexão, mas ainda assim peca em muitas partes. Admito que apesar de tudo é algo bem legal de assitir e que nos traz inúmeros questionamentos.
Esse foi o Quinta com Nescau. Deixem comentários e espero vocês na próxima
Com amor,
Giovo
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